quinta-feira, 30 de abril de 2009

O PROBLEMA DO TABAGISMO



  • O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina e, por isso, está inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID10) da Organização Mundial da Saúde.

  • Também é considerado o mais importante fator de risco isolado para cerca de 50 doenças, muitas delas graves e fatais como o câncer, as cardiovasculares, enfisema, entre outras.

  • É um problema que também aflige os não fumantes que, ao se exporem à fumaça de produtos de tabaco em recintos coletivos (tabagismo passivo), correm o risco de desenvolver câncer, infarto, infecções respiratórias, dentre outros agravos. Por isso, quando ocorre em ambientes de trabalho, o tabagismo passivo é considerado um risco ocupacional.

  • Morrem no mundo cerca de cinco milhões de pessoas por ano, devido ao tabagismo, sendo 200 mil no Brasil.

  • Segundo estimativas da OMS, só no século XX a epidemia de tabaco matou cerca de 100 milhões de pessoas. Caso as atuais tendências de consumo sejam mantidas, no século XXI o tabaco poderá matar cerca de 1 bilhão.

  • A OMS estima que, a partir de 2020, de cada 10 mortes atribuídas ao tabaco, sete delas acontecerão nos países em desenvolvimento, nos quais já se concentram 80% do consumo mundial de produtos de tabaco, principalmente de cigarros. Relatório da OMS

Estratégias cada vez mais sofisticadas e ousadas tem garantido o consumo de tabaco no mundo diz a OMS. A indústria de tabaco aproveitando-se de brechas e falhas em leis de países menos desenvolvidos, associação a políticos,falta de conhecimento dos malefícios do cigarro , desarticulação da população e representações sociais positivas a respeito do consumo de tabaco, são a base para a indústria criar forte sustentabilidade e continuar sua propaganda de forma globalizada, para garantir a continuidade do negócio em qualquer lugar do mundo.

O principal alvo da campanha da indústria tabaqueira são os jovens. Há muito tempo se sabe que as indústrias de cigarro tem como alvo os jovens desenvolvendo estratégias para o consumo e manutenção do hábito de fumar, transformando-o em vício, o que faz as indústrias ganharem milhões todos os anos às custas de mlhares de mortes em todo mundo. Morrem por ano cerca de 5 milhões de pessoas devido ao tabagismo sendo 200 mil no Brasil.

“O primeiro cigarro é uma experiência ruim para o principiante. Para dar conta do fato de que o fumante iniciante tolerará as sensações desagradáveis (do primeiro cigarro) nós precisamos evocar motivos psicológicos. Fumar um cigarro para o iniciante é um ato simbólico. Eu não sou mais a criança da minha mãe, eu sou forte, eu sou um aventureiro, eu não sou quadrado… A medida em que a força do simbolismo psicológico diminui, o efeito farmacológico assume o papel de manter o hábito.” (Phillip Morris, 1969)

Fonte: http://www.euvouparardefumar.com/conscientizacao/juventude-livre-do-tabaco.html

ENSINE O SEU FILHO A NÃO FUMAR


O cigarro na adolescência.
Nove em cada dez adultos que fumam iniciaram o vício bem antes dos 18 anos. O que você pode fazer para que seu filho não engrosse essa triste estatística?
por ANDERSON MOÇO

Os dados do Ministério da Saúde são de deixar os pais de cabelo em pé. Seis em cada dez crianças entre 10 e 14 anos já deram suas tragadas. Nessa faixa etária, o número das que fumam diariamente chega a 400 mil. Somando todos os jovens em idade escolar, ou seja, entre 10 e 18 anos, cerca de 3 milhões, pasme! já estão completamente dependentes da nicotina.
Em matéria de tabagismo, os brasileirinhos estão entre os mais precoces: eles dão as primeiras baforadas aos 13,5 anos, em média. Não à toa, os especialistas apostam que a melhor maneira de
diminuir o contingente de fumantes no país e, conseqüentemente, as encrencas relacionadas ao tabaco é conscientizar a garotada de que ficar aspirando fumaça não está com nada. Afinal, o tabagismo é responsável por 30% das mortes por câncer em geral, 90% das que ocorrem por tumores de pulmão e 25% das provocadas por infarto e derrame.
Mas tanto os pais quanto os educadores enfrentam um dilema: como
abordar esse assunto sem chatice? Dizer simplesmente um não bem redondo ou, pior, ameaçá-los caso insistam no hábito tem efeito contrário, adianta o oncologista José Clemente Linhares, do Instituto de Oncologia do Paraná, em Curitiba, vencedor do 2° Prêmio SAÚDE! na categoria relacionada às crianças.
Segundo ele, é possível tratar essa questão pesada de uma maneira leve. Aliás, foi por isso que Linhares levou nosso troféu para o Paraná. Ele e um grupo de teatro escreveram uma peça sobre o tema que já foi apresentada a mais de 15 mil adolescentes de escolas públicas, particulares e outras instituições. A encenação mostra
o que nos faz procurar o cigarro e explica que devemos ser mais fortes do que a influência dos amigos ou da mídia, resume. Depois da apresentação os jovens debatem o assunto e escrevem depoimentos com sua opinião. Você, aliás, pode fazer algo parecido em casa: chamar seu filho para uma boa conversa e aprender a ouvir o que ele pensa disso tudo. Sem, de novo, caretice.

Participar efetivamente da vida dos filhos e isso significa, entre outras coisas, acompanhar de perto seu
desenvolvimento e conhecer bem seus amigos ajuda a afastar o cigarro de casa. Em geral os estudantes passam a fumar porque precisam sentir que fazem parte do grupo, sobretudo se a maior parte da turma já dá suas tragadas. Questão de auto-afirmação afinal, ter um cigarrinho fumegando entre os dedos dá mais segurança nessa fase da vida.
Manter diálogo é essencial, garante a pneumologista Maura Malcon, uma das maiores especialistas brasileiras no tema, que se dedica a investigar o tabagismo na garotada na
Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. O adolescente é ávido por informações e, para engatar uma boa conversa, nada melhor do que estar cheio delas, diz Maura. Mostre reportagens e livros sobre tabagismo e converse a respeito. O oncologista José Clemente Linhares dá outra dica: Evite a proibição. A escolha é dele. O importante é que esteja o mais consciente possível ao fazê-la.
Segundo os especialistas, os jovens sofrem de uma síndrome de super-homem, porque acreditam que não vão se viciar. Uma pesquisa do
Datafolha aponta que menos da metade dos estudantes que fumam se considera dependente da droga. Esse engano tem a ver com o desconhecimento sobre os efeitos da nicotina uma das substâncias que mais levam à dependência, comparável à heroína, conta o psiquiatra André Malbergier, do Grupo Interdisciplinar de Estudo sobre Álcool e Drogas, da Universidade de São Paulo, a USP.

Participar efetivamente da vida dos filhos e isso significa, entre outras coisas, acompanhar de perto seu
desenvolvimento e conhecer bem seus amigos ajuda a afastar o cigarro de casa. Em geral os estudantes passam a fumar porque precisam sentir que fazem parte do grupo, sobretudo se a maior parte da turma já dá suas tragadas. Questão de auto-afirmação afinal, ter um cigarrinho fumegando entre os dedos dá mais segurança nessa fase da vida.
Manter diálogo é essencial, garante a pneumologista Maura Malcon, uma das maiores especialistas brasileiras no tema, que se dedica a investigar o tabagismo na garotada na
Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. O adolescente é ávido por informações e, para engatar uma boa conversa, nada melhor do que estar cheio delas, diz Maura. Mostre reportagens e livros sobre tabagismo e converse a respeito. O oncologista José Clemente Linhares dá outra dica: Evite a proibição. A escolha é dele. O importante é que esteja o mais consciente possível ao fazê-la.
Segundo os especialistas, os jovens sofrem de uma síndrome de super-homem, porque acreditam que não vão se viciar. Uma pesquisa do
Datafolha aponta que menos da metade dos estudantes que fumam se considera dependente da droga. Esse engano tem a ver com o desconhecimento sobre os efeitos da nicotina uma das substâncias que mais levam à dependência, comparável à heroína, conta o psiquiatra André Malbergier, do Grupo Interdisciplinar de Estudo sobre Álcool e Drogas, da Universidade de São Paulo, a USP.

FONTE: http://saude.abril.com.br/edicoes/0292/familia/conteudo_261908.shtml

terça-feira, 14 de abril de 2009

Deus vê o coração
Sonda com a compaixão
E sabe o tamanho
Da sua dor
Ele não pode pôr
Limites no seu amor
Pois sabe até onde vai
Todo pecador

Lágrimas são suor
De almas que lutam só
Só Deus pode entender
O que lhe causa a dor
Pense no seu Senhor
Recorra ao Seu amor
E creia ele é fiel
Justo é o seu amor


Pare de se maltratar
Não queira aos outros culpar
Diga por hoje não
Por hoje eu não vou mais pecar
Estenda a sua mão e abra o seu coração
Volta pro seu Senhor e se abra à restauração

Com Cristo você vai superar
Todas as barreiras passar
Todo pecado vencer
Um novo homem vai nascer








segunda-feira, 13 de abril de 2009

Amados,

Primeiramente gostaria de parabenizar a todos pela encenação da Paixão de Cristo.
Foram dias de ensaio, encontramos dificuldades e obstáculos, mas a nossa persistência e união nos fez vencer mais uma vez. Muito obrigado à todos de coração. A participação de cada um foi essencial, sem vocês nada disso seria possível. Obrigado ao nosso Pai, que nos proporciona e confia momentos como estes vividos na sexta feira 10/04. Obrigado a nossa família, que tantas vezes nos compreendeu, nos acolheu e nos deu forças. Obrigado a todos que de maneira direta e indiretamente fizeram parte desta realização. Obrigado pela intercessão. Obrigado ao nosso querido Pe. Henúbio, por toda a confiança, por toda a ajuda, por sempre nos incentivar, apontar nossos erros e acertos e nos motivar a continuar com essa juventude linda. Obrigado ao Adriano, amigo de todas as horas, que nos ajudou em muito, obrigado ao nosso anjo Juninho, pela força. Obrigado aos nossos PARA SEMPRE catequistas, Di e Marcelo que também estiveram em oração. Obrigado ao Douglas Arrais que nos ajudou na divulgação. Obrigado a nossa querida sacristã Zita, que sempre esteve presente em nossos ensaios, atendendo aos nossos ‘caprichos’ e nos ajudando sempre que possível. Obrigada a toda comunidade da Paróquia Jesus Adolescente pela confiança e apoio. Obrigado a todos! É com enorme prazer que agradecemos. Desculpe-nos por qualquer coisa, ainda somos como crianças engatinhando, ainda temos muito a descobrir, a aprender e a viver. E é claro que com a presença de vocês poderemos ir mais além. Foi muito gratificante poder vivenciar, mesmo que apenas um pouquinho, o que Jesus viveu por nós, ver todo o seu sacrifício, todo o seu amor e tudo o que sofreu para nos salvar!

Quero aproveitar e deixar registrado aqui, nosso parabéns ao nosso irmão Serginho, o nosso “Barrabás”, que interpretou muito bem. Que Deus o abençoe, e lhe de muita felicidade e saúde. Continue nessa estrada, cada dia mais somando conosco.

FELIZ PÁSCOA! Que Deus abençoe a semana de cada um.

Obs.: assim que estivermos com as fotos, postaremos aqui para que todos vejam. Se você esteve na procissão e nos fotografou, por favor envie para:
juventudelivre@hotmail.com

Jesus Adolescente, fazei-nos obediente ao Pai!


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Quando a "Mão de Deus" alcançou o "Rei do aborto"

O quê pode levar um poderoso e reconhecido médico abortista a converter-se em um forte defensor da vida e abraçar os ensinamentos de Jesus Cristo?

Pode que tenha sido o peso de sua consciência pela morte de 60 mil nascituros ou talvez as muitas orações de todos aqueles que rogaram incessantemente por sua conversão?

Segundo Bernard Nathanson, o famoso "rei do aborto", sua conversão ao catolicismo resultaria inconcebível sem as orações que muitas pessoas elevaram a Deus pedindo por ele. "Estou totalmente convencido de que as suas preces foram escutadas por Ele", indicou emocionado Nathanson no dia em que o Arcebispo de Nova York, o falecido Cardeal O'Connor, o batizou.

Filho de um prestigioso médico especializado em ginecologia, o Dr. Joey Nathanson, a quem o ambiente cético e liberal da universidade o fe abdicar da sua fé, Nathanson cresceu em um lar sem fé e sem amor, onde imperava muita malícia, conflitos e ódio.

Profissional e pessoalmente Bernard Nathanson seguiu durante uma boa parte de sua vida os passos do seu pai. Estudou medicina na Universidade de McGill (Montreal), e em 1945 começou a namorar Ruth, uma jovem e bela judia com quem realizou planos de matrimônio. Porém a jovem ficou grávida e quando Bernard escreveu para o seu pai consultando-lhe sobre a possibilidade de contrair matrimônio, este lhe enviou cinco notas de 100 dólares junto com a recomendação de que escolhesse entre abortar ou ir aos Estados Unidos para casar-se, pondo em risco sua brilhante carreira como médico que o aguardava.

Bernard priorizou sua carreira e convenceu a Ruth que abortasse. Ele não a acompanhou à intervenção abortiva e Ruth voltou à sua casa sozinha, em um táxi, com uma forte hemorragia, a ponto de perder a vida. Ao recuperar-se -quase milagrosamente- ambos terminaram sua relação. "Este foi o primeiro dos meus 75.000 encontros com o aborto, me serviu de excursão inicial ao satânico mundo do aborto", confessou o Dr. Nathanson.Após graduar-se, Bernard iniciou sua residência em um hospital judeu.

Depois passou ao Hospital de Mulheres de Nova York onde sofreu pessoalmente a violência do anti-semitismo, e entrou em contato com o mundo do aborto clandestino. Nesta época já havia se casado com uma jovem judia, tão superficial quanto ele, como confessaria, com a qual permeneceu unido cerca de quatro anos e meio. Nestas circunstâncias Nathanson conheceu Larry Lader, um médico a quem só lhe obsessionava a idéia de conseguir que a lei permitisse o aborto livre e barato. Para isso fundou, em 1969, a "Liga de Ação Nacional pelo Direito ao Aborto", uma associação que tentava culpar a Igreja por cada morte ocorrida nos abortos clandestinos.

Mas foi em 1971 quando Nathanson se envolveu diretamente com a prática de abortos. As primeiras clínicas abortistas de Nova York começavam a explorar o negócio da morte programada, e em muitos casos seu pessoal carecia da licença do Estado ou de garantias mínimas de segurança. Como foi o caso da que dirigia o Dr. Harvey. As autoridades estavam a ponto de fechar esta clínica quando alguém sugeriu que Nathanson poderia encarregarse da sua direção e funcionamento. Ocorria o parodoxo incrível de que, enquanto esteve diante daquela clínica, naquele lugar havia um setor de obstetricia: isto é, se atendiam partos normais ao mesmo tempo que se praticava abortos.

Por outro lado, Nathanson realizava uma intensa atividade, dando conferências, celebrando encontros com políticos e governantes, pressionando-lhes para que fosse ampliada a lei do aborto.

"Estava muito ocupado. Quase não via a minha família. Tinha um filho de poucos anos e uma mulher, mas quase nunca estava em casa. Lamento amargamente estes anos, por mais que seja só por ter fracassado em ver meu filho crescer. Também era um segregado na profissão médica. Era conhecido como o rei do aborto", afirmou.

Durante este período, Nathandon realizou mais de 60.000 abortos, mas no fim do ano de 1972, esgotado, dimitiu do seu cargo na clínica.

"Abortei os filhos não nascidos dos meus amigos, colegas, conhecidos e inclusive professores. Cheguei ainda a abortar meu próprio filho", chorou amargamente o médico, que explicou que por volta da metade da década de 60 engravidou a uma mulher que gostava muito dele (...) Ela queria seguir adiante com a gravidez mas ele se negou. Já que eu era um dos especialistas no tema, eu mesmo realizaria o aborto, expliquei. E assim procedi.", precisou.

Entretanto a partir deste acontecimento as coisas começaram a mudar. Deixou a clínica abortista e possou a ser chefe de obstetricia do Hospital St. Luke's. A nova tecnologia, o ultrasom, começava a aparecer no ambiente médico. No dia em que Nathanson pôde observar o coração do feto nos monitores eletrônicos, começou a perguntar-se "quê estamos fazendo verdadeiramente na clínica".

Decidiu reconhecer o seu erro. Na revista médica The New England Journal of Medicine, escreveu um artigo sobre sua experiência com os ultrasonografias, recohecendo que no feto existia vida humana. Incluia declarações como a seguinte: "o aborto deve ser visto como a interrupção de um processo que de outro modo teria produzido um cidadão no mundo. Negar esta realidade é o tipo mais grosseiro de evasão moral".

Aquele artigo provocou uma forte reação. Nathanson e sua família receberam inclusive ameaças de morte, porém a evidência de que não podia continuar praticando abortos se impôs. Tinha chegado à conclusão que não havia nenhuma razão para abortar: o aborto é um crime.

Pouco tempo depois, uma nova experiência com as ultrasonografias serviu de material para um documentario que encheu de admiração e horror ao mundo. Era titulado "O grito silencioso", e sucedeu em 1984 quando Nathanson pediu a um amigo seu - que praticava entre 15 a 20 abortos por dia- que colocasse um aparelho de ultrasom sobre a mãe, gravando a intervenção.

"Assim o fez -explica Nathanson- e, quando viu a gravação comigo, ficou tão afetado que nunca mais voltou a realizar um aborto. As gravações eram assombrosas, por mais que não eram de boa qualidade. Selecionei a melhor e comecei a projetá-la nos meus encontros pró-vida por todo o país".

Retorno do filho pródigo

Nathanson tinha abandonado sua antiga profissão de "carniceiro humano" mas ainda estava pendente o seu caminho de volta a Deus. Uma primeira ajuda veio de seu admirado professor universitário, o psiquiatra Karl Stern.

"Transmitia uma serenidade e uma segurança indefiníveis. Nessa época não sabia que em 1943, após longos anos de meditação, leitura e estudo, tinha se convertido ao catolicismo. Stern possuia um segredo que eu tinha buscado toda a minha vida: o segredo da paz de Cristo".

O movimento prá-vida lhe havia proporcionado o primeiro testemunho vivo da fé e do amor de Deus. Em 1989 esteve em uma ação de Operação Resgate nos arredores de uma clínica. O ambiente dos que lá se manifestavam pacíficamente a favor da vida dos nascituros lhe havia comovido: estavam serenos, contentes, cantavam, rezavam... Os mesmos meios de comunicação que cobriam o evento e os policiais que vigilavam, estavam assombrados pela atitude destas pessoas. Nathanson ficou cativado "e, pela primeira vez em toda minha vida de adulto comecei a considerar seriamente a noção de Deus, um Deus que tinha permitido que eu andasse por todos os proverbiais circuitos do inferno, para ensinar-me o caminho da redenção e da misericódia através da sua graça".

"Durante dez anos passei por um período de transição. Senti que o peso dos meus abortos se fazia mais grave e persistente pois me despertava cada dia às 4 ou 5 da manhã, olhando a escuridão e esperando (mas sem rezar ainda) que se iluminasse um letreiro declarando-me inocente ante um juri invísivel", indica Nathanson.

Logo, o médico acaba lendo "As Confissões", de Santo Agostinho, livro que qualificou como "alimento de primeira necessidade", convertendo-se em seu livro mais lido já que Santo Agostinho "falava do modo mais completo de meu tormento existencial; porém eu não tinha uma Santa Mônica que me ensinasse o caminho e estava acusado por uma negra desesperança que não diminuia".

Nesta situação não faltou a tentação do suicídio, mas, afortunadamente, decidiu buscar uma solução diferente. Os remédios tentados falhavam: álcool, tranquilizantes, livros de auto-estima, conselheiros, até chegar a psicanálise, onde permaneceu por 4 anos.

O espírito que animava aquela manifestação pró-vida endereçou a sua busca. Começou a conversar periódicamente com Padre John McCloskey; não lhe resultava fácil crer, mas pelo contrário, permanecer no agnosticismo, levava ao abismo. Progressivamente se descobria a si mesmo acompanhado de alguém que se importava por cada um dos segundos da sua existência. "Já não estou sozinho. Meu destino foi dar voltas pelo mundo à busca deste Alguém sem o qual estou condenado, porém a que agora me agarro desesperadamente, tentando não soltar-me da orla do seu manto".

Finalmente, no dia 9 de dezembro de 1996, às 7:30 de uma segunda feira, solenidade da Imaculada Conceição, na cripta da Catedral de São Patrício de Nova York, o Dr. Nathanson se convertia em filho de Deus. Entrava a formar parte do Corpo Místico de Cristo, sua Igreja. O Cardeal O 'Connor lhe administrou os sacramentos do Batismo, Confiirmação e Eucaristia.
Um testemunho expressa assim este momento: "Esta semana experimentei com uma evidência poderosa e fresca que o Salvador que nasceu há 2.000 anos em um estábulo continua transformando o mundo. Na segunda-feira passado fui convidado a um Batismo. (...) Observei como Nathanson caminhava até o altar. Que momento! Tal qual no primeiro século... um judeu convertido caminhando nas catacumbas para encontrar a Cristo. E sua madrinha era Joan Andrews. As ironias abundam. Joan é uma das mais destacadas e conhecidas defensoras do movimento pró-vida... A cena me queimava por dentro, porque justo em cima do Cardeal O 'Connor havia uma Cruz... Olhei para a Cruz e me percatei de que o que o Evangelho ensina é a verdade: a vitória está em Cristo".

As palavras de Bernard Nathanson no fim da cerimônia, foram curtas e diretas. "Não posso dizer como estou agradecido nem a dívida tão impagável que tenho com todos aqueles que rezaram por mim durante todos os anos nos quais me proclamava públicamente ateu. Rezaram teimosa e amorosamente por mim. Estou totalmente convencido de que suas orações foram escutadas. Conseguiram lágrimas para meus olhos".

Carta de um bebê

Oi mamãe, tudo bom? Eu estou bem graças a Deus. Faz apenas alguns dias que você me concebeu em tua barriquinha. Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe, outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido. Tudo parece indicar que eu serei a criança mais feliz do mundo! Mamãe, já passou um mês desde que fui concebido, e já começo a ver como o meu corpinho começa a se formar, quer dizer, não estou tão linda como você, mas me dê uma oportunidade! Estou muito feliz! Mas tem algo que me deixa preocupado... Ultimamente me dei conta de que há algo em sua cabeça que não me deixa dormir, mas tudo bem, isso vai passar, não se desespere! Mamãe, já passaram dois meses e meio, estou muito feliz com minhas novas mãozinhas e tenho vontade de usá-las para brincar... Mamãezinha me diga o que foi? Porque você chora tanto todas as noites? Porque quando você e o papai se encontram, gritam tanto um com o outro? Vocês não me querem mais ou o quê? Vou fazer o possível para que me queiram...Já passaram três meses mamãe, te noto muito deprimida, não entendo o que está acontecendo, estou muito confuso! Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou uma visita amanhã. Não entendo, eu me sinto muito bem... Por acaso você se sente mal mamãe? Mamãe, já é dia, onde vamos? O que está acontecendo mamãe? Porque choras?Não chore, não vai acontecer nada... Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono, quero continuar brincando com minhas mãozinhas...Ei!O que esse tubinho está fazendo na minha casinha? É um brinquedo novo? Olha! Ei, porque estão sugando minha casa? Mamãe! Espere, essa é a minha mãozinha! Moço, porque a arrancou? Não vê que me machuca?Mãe, a minha perninha, estão arrancando! Diga para eles pararem, juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar! Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver só quando eu for grande e forte... ai... mamãe, já não consigo mais... ai... mamãe, mamãe, me ajude...
- Mãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia, e eu daqui de cima observo como ainda te machuca ter tomado aquela decisão. Por favor, não chore, lembre-se que te amo muito e que estarei aqui te esperando com muitos beijos e abraços...
Te amo muito, seu bebê.
Autor desconhecido.

terça-feira, 7 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Irmã Dulce - O anjo bom do Brasil - BEATIFICAÇÃO


Iniciada em janeiro de 2000 pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, a causa de beatificação de Irmã Dulce, que foi distinguida no mesmo ano pelo papa João Paulo II com o título de Serva de Deus, busca o reconhecimento pela Igreja Católica das virtudes, da fama de santidade e da determinação incansável de uma vida dedicada aos mais necessitados.

Desde junho de 2001 o processo tramita na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano. Em junho de 2003, a Congregação recebeu a Positio, documento do processo canônico misto de relato biográfico e das virtudes e resumo dos testemunhos do processo que atestam as ações virtuosas da Serva de Deus. Com a apresentação do documento à Congregação, o papa João Paulo II deve, em breve, distinguir Irmã Dulce com o título de venerável – um grau abaixo do de beata.

A apresentação da Positio é o primeiro passo para a beatificação. O segundo é a caraterização de um milagre. Em junho, o Vaticano reconheceu juridicamente um possível milagre ocorrido por intercessão de Irmã Dulce. O fato da confirmação jurídica do milagre e da conclusão da Positio terem ocorrido em paralelo queima etapas favorecendo o processo e fazendo com que a beatificação fique mais próxima. O reconhecimento foi feito após um rigoroso trabalho de investigação conduzido por uma equipe indicada pela Congregação.

No anúncio desses fatos à imprensa, o Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella, confessou seu otimismo. "Isso acelera bastante o processo de beatificação de Irmã Dulce. Agora, cabe a Roma analisar as virtudes do ponto de vista da heroicidade, de alguém que viveu o que professou: a caridade e o amor ao próximo".

Com a rapidez do processo, Irmã Dulce pode vir a ser a primeira Santa de nacionalidade brasileira. Madre Paulina, canonizada em 2003, viveu a maior parte da sua missão no Brasil, mas era Italiana de nascimento.

Para o postulante ser reconhecido como beato (grau anterior ao de santo), é necessário a confirmação de um milagre, que só é validado após atender a quatro pontos básicos: a instantaneidade , que assegura que a graça foi alcançada logo após o apelo; a perfeição , que garante o atendimento completo do pedido; a durabilidade e permanência do benefício e seu caráter ‘ preternatural ' (não explicado pela ciência).

O postulador da causa de Irmã Dulce, frei Paolo Lombardo, confia que o processo de beatificação e canonização de Irmã Dulce será bem sucedido porque não faltaram depoimentos para atender a uma das maiores exigências da Congregação: a comprovação das virtudes daquele que pode ser elevado ao grau de santo. Ligado a Ordem dos Frades Menores Franciscanos, Frei Paolo é teólogo, doutor em Ciência Eclesiástica Oriental e 'Arquimandrita' (o equivalente ao título de Monsenhor na tradição latina) do Bispado da Diocese Bizantina de Piana degli Albanesi, Itália. É postulador de cerca de 80 causas de beatificação e canonização em todo o mundo pela Congregação das Causas dos Santos. No Brasil, além de Irmã Dulce, é responsável por mais nove causas.

A participação popular tem sido um das causas da rapidez no andamento do processo. Pessoas de outros estados e até de outros países se juntaram aos baianos na mobilização em defesa da Causa, ajudando com testemunhos e documentos que auxiliaram na tarefa de reconstruir a trajetória de vida da religiosa. O Tribunal Eclesiástico Diocesano de Salvador coletou na fase inicial do processo cerca de cinco mil páginas de depoimentos e documentos, que atestam a fama de santidade em vida e as virtudes heróicas do Anjo Bom da Bahia. Hoje, cerca de três mil graças alcançadas por fiéis e creditadas à intercessão da freira estão catalogadas no Memorial Irmã Dulce.